quinta-feira, 9 de junho de 2011

Homofobia Não - PLC 122

Ministra da Casa Civil comenta sobre o PL 122


"É preciso trabalhar para criminalizar a postura de "gente como o Bolsonaro, que sai pelas ruas espalhando o preconceito."


Nesta terça-feira (7), dois fatos mobilizaram o Brasil: a demissão do ministro da Casa Civil Antonio Palocci (PT-SP), que será substituído pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o jogo de despedida do jogador Ronaldo "fenômeno", que desfilou durante quinze minutos na partida entre Brasil e Romênia.

À comunidade LGBT interessa a primeira notícia, pois, a partir de hoje, Hoffmann passa a ser o segundo nome mais influente do governo federal. A presidente Dilma Rousseff já disse estar mais disposta a garantir a base aliada do que enfrentar temas "polêmicos", não fosse isso Gleisi Hoffmann continuaria em sua cadeira no Senado.

Gleisi Hoffmann é considerada pelos seus pares e pela oposição como uma política de linha dura e muito rígida em suas decisões. Por conta disso já que é chamada de a "Dilma da Dilma". Nas suas primeiras aparições na mídia nacional - que se deu conta de sua beleza, algo que refuta - a nova ministra realmente se revelou rígida e até mesmo conservadora em temas como o aborto e a  criminalização da homofobia.

 Em suas declarações, a ministra disse que é preciso trabalhar para criminalizar a postura de "gente como o Bolsonaro, que sai pelas ruas espalhando o preconceito, mas não interferir na liberdade de culto". Para Hoffmann, ainda vivemos numa sociedade estruturada nos valores religiosos e que não é possível mudar de uma hora para a outra a base social. 

No entanto, Hoffmann ressaltou que é preciso lutar contra a homofobia e que apóia o PLC 122, mas com ressalvas. A ministra declarou que a sociedade não pode ser tolerante frente preconceitos e a discrminalização. Sobre o aborto, a ministra disse que é contra a descriminalização da prática.
Assim como muitos do atual Executivo, Gleisi Hoffmann é reticente sobre os temas do aborto e da criminalização da homofobia, pesa também o fato de que a senadora se recusou a assinar e a integrar a Frente Parlamentar LGBT do Congresso Nacional. 

Apesar dos dois fatos negativos no que diz respeito à comunidade LGBT e às mulheres, parte dos ativistas gays do Brasil já declarou considerar um avanço e um bom sinal a substituição de Palocci por Hoffmann. Enfatiza-se que, em um país tão machista e homofóbico como o Brasil, é uma avanço ter duas mulheres como as principais mandatárias.


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