sexta-feira, 29 de julho de 2011

Justiça do Rio nega habeas corpus a militar do Exército que atirou em jovem em parada Gay

Txt: Rodrigo Teixeira


Na manhã desta sexta-feira (29) a Justiça do Rio negou o pedido de liminar de habeas corpus para o sargento do Exército Ulisses de Carvalho, suspeito de tentar matar Douglas Marques, estudante de 19 anos, homossexual, no Parque Garota de Ipanema, em 2010, logo após a Parada do Orgulho Gay carioca. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), tal decisão foi tomada pela desembargadora Gilda Maria Dias Carrapatoso, durante plantão do judiciário.
desembargadora Gilda Maria Dias Carrapatoso
Após oito meses de investigação, a Justiça por fim decretou a prisão preventiva do acusado, na última quarta (27), pelo juiz Murilo Kieling, do 3º Tribunal do Júri da Capital.
No pedido, os advogados do réu alegaram que a decisão de prisão preventiva não tem fundamentação. Entretanto, para a desembargadora, “a decisão está embasada nos elementos que autorizam a custódia. Não se verifica falta de fundamentação”.

#Meumedo
O advogado Breno Melaragno Costa, que defende o militar, afirmou que a decisão pode ser alterada quando o mérito do habeas corpus for julgado por uma das oito câmaras criminais do Estado, o que deve acontecer na tarde de hoje.
#Acusação
O militar responde por tentativa de homicídio na Justiça comum e continua preso no Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte da capital fluminense.

Entenda o Caso




Ofensas
Um amigo do rapaz baleado também prestou depoimento ontem. “Eu vi eles agredindo meu amigo. Chamaram de ‘seu v.”, falaram ‘você é uma vergonha para sua família’, ‘v. tem que morrer”, relatou H., que estava com o grupo de homossexuais no momento das supostas agressões.

Conclusão

O delegado informou que as testemunhas foram unânimes ao apontar o suposto autor do disparo que atingiu o estudante de 19 anos no parque Garota de Ipanema. O jovem, que estava com um grupo de homossexuais, foi baleado na barriga e ofendido verbalmente. Além da vítima, outras quatro testemunhas participaram do reconhecimento.

Segundo o delegado, os militares admitiram que saíram à revelia do comando com o objetivo de fazer as pessoas saírem do parque. "Durante a abordagem da vítima, o autor se sentiu afrontado pela conduta do rapaz e achou que ele deveria simplesmente obedecer ao comando, e não se impor. Por conta disso, acabou ocorrendo aquele disparo", disse Veloso. "A conduta dos militares é reprovável, a motivação é homofóbica. Não há dúvida quanto a isso", declarou o titular da 14ª DP.

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